REPÚBLICA
VELHA
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O período da história Republicana no Brasil, que
vai de 1889 a 1930, costuma ser designado como República do café-com-leite
(referencia ao predomínio dos políticos paulistas (café) e mineiros (leite) no
governo central), República Velha ou ainda Primeira República;
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Com a
República surgiram regras eleitorais, acabou o voto censitário e foi instituído
o voto masculino para os maiores de 21 anos. Mas o sistema de votação ficou
conhecido como coronelismo (dominação
dos coronéis no processo eleitoral);
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Durante a Primeira República a economia era
essencialmente agrícola, um grande número de trabalhadores dependia do coronel
local, este se aproveitava para manter o controle dos trabalhadores. Também
interferia pessoalmente em empregos nas cidades, sendo o clientelismo (prática de premiar com favores quem demonstrava
fidelidade ao coronel);
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Quem se negasse a votar nos candidatos dos coronéis
ficava sujeito à violência dos jagunços e capangas. O voto era aberto e devido à
pressão ficou conhecido como voto
cabresto. Ocorriam também muitas fraldes. O coronelismo era mais forte em
algumas áreas do interior do nordeste;
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A aliança entre governadores de estado e governo
federal ficou conhecida como política dos
governadores. Os governadores ajudavam a eleger os deputados federais e
senadores favoráveis ao presidente, em retribuição o governador federal dava
mais verba para seus aliados;
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Em SP e MG dois partidos políticos lideravam o
poder: PRP – partido republicano paulista e PRM – partido republicano mineiro;
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O café foi o líder de exportação durante toda a
Primeira República, chegamos a abastecer 2/3 do mercado mundial. A expansão da
cafeicultura no Brasil possibilitou o desenvolvimento de outras atividades nas
cidades próximas das áreas produtoras, em SP e em Santos. A presença dos
fazendeiros cafeicultores nas cidades trouxeram melhorias e empregos, também
foi necessário expandir a malha ferroviária;
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Entusiasmados com os lucros do café, os
fazendeiros passaram a aumentar suas plantações, até que a produção ultrapassou
a necessidade de consumo do produto, iniciando assim uma crise de
superprodução;
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Em 1906 os fazendeiros se reuniram na cidade de
Taubaté (SP) para encontrar uma solução para a crise de superprodução, ficou
ainda conhecida como Convênio de Taubaté.
Os fazendeiros exigiram que o governo federal comprasse todo o café excedente,
que seria estocado e vendido pelo governo quando o preço normalizasse, para
isso o governo faria empréstimos no exterior;
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O Brasil foi um dos grandes receptores de imigrantes,
estima-se que foram mais de 3,5 milhões, no período de 1890 a 1930. Eram
seduzidos por incentivos e propagandas divulgadas pelo governo brasileiro. Eram
italianos, portugueses e espanhóis. Entre os estados brasileiros SP se destacou
pelo maior numero de imigrantes, devido à expansão da cafeicultura e o
incentivo a imigração. Os imigrantes trouxeram seus costumes e agregaram ao
nosso modo de vida;
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A cafeicultura proporcionou a implantação da
indústria: transportes, combustíveis e energia elétrica. Em 1889 havia 600
fabricas, em 1920 eram 13336. Os principais setores eram o têxtil e o
alimentício;
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Emergia nesse período os cafeicultores e os
empresários das indústrias. Em SP havia ex-escravos e imigrantes que viviam da
agricultura eram remunerados pelo salário ou através do colonato;
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A industrialização, que dava um grande numero de
emprego para quem não estava mais satisfeito com a lavoura, foi também um fator
de mudança na composição da sociedade. Surgiam assim as lutas operárias e os
movimentos sindicais;
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As condições de trabalho do operário, neste
período eram bastante precárias: jornada de trabalho de 15 horas, sem descanso
semanal remunerado, salario baixo, sem direito a férias, sem horas extras, e a
falta de higiene nas fabricas;
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Para reivindicar seus direitos os operários
organizaram sindicatos. Uma das correntes politicas que influenciou o movimento
operário foi o anarquismo, outra foi a corrente católica;
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Anarquismo significa ausência de poder. Estes
rejeitam todas as formas sociais de opressão contra o indivíduo, defendem uma
sociedade que funcione sobre cooperação;
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