INDEPENDÊNCIA
DO BRASIL
De 1822 a 1889 o Brasil
foi uma monarquia, com dois imperadores: Pedro I e Pedro II. O poder
estava concentrado nas mãos do imperador e da aristocracia rural;
- Em
1808 fugindo das tropas de Napoleão, a família real portuguesa veio para a
colônia. A França havia decretado o Bloqueio Continental (1806) à
Inglaterra, por causa de suas relações econômicas com a Inglaterra os
portugueses não poderiam aderir ao bloqueio, então Napoleão invadiu
Portugal;
- No
Brasil D. João decreta a abertura dos portos às nações amigas, era a
ruptura do exclusivismo comercial português e o fim do sistema colonial
(monopólio);
- A
chegada da corte mudou a rotina da colônia, desencadeou um processo de
desapropriação de residências no RJ, além disso, os fidalgos (nobres
portugueses) tiveram os melhores cargos públicos. Isso fez crescer um
sentimento anti-lusitano;
- O
tratado de 1810, de comércio e navegação, obrigou o governo a igualar a
taxação portuguesa cobrada sobre os artigos ingleses. Foi uma reação da Inglaterra
e mais um passo de rompimento com os laços coloniais entre Brasil e
Portugal;
- INSURREIÇÃO
PERNAMBUCANA(1817):
Ocorreu na capital de Pernambuco, que sofria com o aumento do custo de
vida provocado pela corte portuguesa no Brasil. Aliando-se a dois anos de
secas e o descontentamento da aristocracia rural pernambucana com o
comércio de algodão. Em Recife eram comuns as lojas maçônicas e as idéias
de revolução. O levante estava marcado, 16 de março de 1817, mas houve uma
denúncia e os líderes foram presos. Alguns militares resistiram à prisão e
reagiram matando um oficial português. Os revolucionários dominaram Recife
e instalaram um governo provisório independente de Portugal. O poder ficou
concentrado nas mãos dos latifundiários, isso gerou dissidências entre os
revolucionários. O que levou ao fracasso da Revolução, dissolvida pelas
tropas do governo;
- Em
1815 os portugueses fizeram a Revolução Liberal do Porto, para obrigar o
retorno de João VI para Portugal e recolonizar o Brasil. Este precisou
voltar para não perder o trono, mas deixou no Brasil com a função de
príncipe regente, seu filho Pedro. E junto com a família real foram à
riqueza brasileira, 60 milhões em barras de ouro;
- Em
abril de 1821 têm início as negociações para definir as bases do Estado
brasileiro. De um lado os portugueses favoráveis à autonomia do Brasil,
mas com medo que essa ruptura fosse realizada pelos brasileiros, que os
expulsariam de seus cargos e do país, confiscando seus bens e de outros
representantes das camadas médias e altas da sociedade brasileira;
- Percebendo
que se tramava a independência, a corte portuguesa exige o retorno do
príncipe a Portugal. Em 9 de janeiro de 1822 este decide ficar no Brasil,
evitando a recolonização “Dia do Fico”;
- É importante perceber que neste momento
as classes ricas (portuguesas e brasileiras) apóiam a independência e a
instalação de uma monarquia com medo da República (poder das camadas
populares). Então Portugal passou a ver a independência com bons olhos,
pois ela seria uma monarquia e a liberdade política não implicaria
mudanças na estrutura social do Brasil;
- Em
1º de agosto um decreto do regente considera inimiga as tropas portuguesas
que desembarcasse no Brasil;
- Então
no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga (SP) Pedro I declarou o
Brasil independente;
- A
elite fundiária tinha garantido a liberdade de comércio (1808) e a
continuidade da escravidão, a manutenção da estrutura agrária de
concentração de terras, foi só concretizar um fato já consumado.
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