quarta-feira, 4 de julho de 2012

A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


INDEPENDÊNCIA DO BRASIL


De 1822 a 1889 o Brasil foi uma monarquia, com dois imperadores: Pedro I e Pedro II. O poder estava concentrado nas mãos do imperador e da aristocracia rural;

  • Em 1808 fugindo das tropas de Napoleão, a família real portuguesa veio para a colônia. A França havia decretado o Bloqueio Continental (1806) à Inglaterra, por causa de suas relações econômicas com a Inglaterra os portugueses não poderiam aderir ao bloqueio, então Napoleão invadiu Portugal;

  • No Brasil D. João decreta a abertura dos portos às nações amigas, era a ruptura do exclusivismo comercial português e o fim do sistema colonial (monopólio);

  • A chegada da corte mudou a rotina da colônia, desencadeou um processo de desapropriação de residências no RJ, além disso, os fidalgos (nobres portugueses) tiveram os melhores cargos públicos. Isso fez crescer um sentimento anti-lusitano;

  • O tratado de 1810, de comércio e navegação, obrigou o governo a igualar a taxação portuguesa cobrada sobre os artigos ingleses. Foi uma reação da Inglaterra e mais um passo de rompimento com os laços coloniais entre Brasil e Portugal;

  • INSURREIÇÃO PERNAMBUCANA(1817): Ocorreu na capital de Pernambuco, que sofria com o aumento do custo de vida provocado pela corte portuguesa no Brasil. Aliando-se a dois anos de secas e o descontentamento da aristocracia rural pernambucana com o comércio de algodão. Em Recife eram comuns as lojas maçônicas e as idéias de revolução. O levante estava marcado, 16 de março de 1817, mas houve uma denúncia e os líderes foram presos. Alguns militares resistiram à prisão e reagiram matando um oficial português. Os revolucionários dominaram Recife e instalaram um governo provisório independente de Portugal. O poder ficou concentrado nas mãos dos latifundiários, isso gerou dissidências entre os revolucionários. O que levou ao fracasso da Revolução, dissolvida pelas tropas do governo;

  • Em 1815 os portugueses fizeram a Revolução Liberal do Porto, para obrigar o retorno de João VI para Portugal e recolonizar o Brasil. Este precisou voltar para não perder o trono, mas deixou no Brasil com a função de príncipe regente, seu filho Pedro. E junto com a família real foram à riqueza brasileira, 60 milhões em barras de ouro;

  • Em abril de 1821 têm início as negociações para definir as bases do Estado brasileiro. De um lado os portugueses favoráveis à autonomia do Brasil, mas com medo que essa ruptura fosse realizada pelos brasileiros, que os expulsariam de seus cargos e do país, confiscando seus bens e de outros representantes das camadas médias e altas da sociedade brasileira;

  • Percebendo que se tramava a independência, a corte portuguesa exige o retorno do príncipe a Portugal. Em 9 de janeiro de 1822 este decide ficar no Brasil, evitando a recolonização “Dia do Fico”;

  •  É importante perceber que neste momento as classes ricas (portuguesas e brasileiras) apóiam a independência e a instalação de uma monarquia com medo da República (poder das camadas populares). Então Portugal passou a ver a independência com bons olhos, pois ela seria uma monarquia e a liberdade política não implicaria mudanças na estrutura social do Brasil;

  • Em 1º de agosto um decreto do regente considera inimiga as tropas portuguesas que desembarcasse no Brasil;

  • Então no dia 7 de setembro, às margens do rio Ipiranga (SP) Pedro I declarou o Brasil independente;

  • A elite fundiária tinha garantido a liberdade de comércio (1808) e a continuidade da escravidão, a manutenção da estrutura agrária de concentração de terras, foi só concretizar um fato já consumado.


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