quinta-feira, 16 de agosto de 2012

GUERRA FRIA



GUERRA FRIA


 Quando terminou a Segunda Guerra Mundial (1945) os EUA era o país mais rico do mundo, mas com uma rival a URSS, socialista. As diferenças entre os dois sistemas provocou a rivalidade entre os dois países, chamada de guerra fria;

·         Os comunistas soviéticos seguiram as ideias de Marx e Lênin, acreditavam que o capitalismo era um sistema injusto, e cabia a URSS apoiar os movimentos revolucionários;

·         Porém para o capitalismo mundial tornava-se uma questão de sobrevivência impedir a expansão do socialismo e destruir o poder do partido comunista no mundo;

·         Ao lado dos EUA estavam as poderosas nações capitalistas da Europa ocidental, o Canadá e o Japão. A URSS contava com alguns países da Europa Oriental (Polônia, Hungria, Bulgária e Iugoslávia) e a China;

·         Durante a Guerra Fria ocorreu uma corrida armamentista, para ver quem produzia mais armas e tecnologias bélicas. No entanto os EUA e a URSS nunca travaram uma guerra direta com armas;

·         GUERRA DA CORÉIA: (1950-53) A Coreia era um país dividido. A Coreia do Norte governada por comunistas e a Coreia do Sul sobre o regime capitalista. Sendo que as duas superpotências apoiaram o conflito com apoio militar e armas. Ao final do conflito o país continuou dividido;

·         Capitalismo e socialismo competiam também na economia, cada lado tentava fazer a economia crescer e se modernizar para poder competir com o adversário. Ocorrendo assim uma guerra de palavras e estendeu ao espaço e aos esportes;

·         O ministro inglês Winston Churchill propôs isolar a Europa Oriental (socialista) com uma Cortina de Ferro, um bloqueio econômico e militar;

·         Em 1947 o presidente dos EUA, Truman, anunciou a Doutrina Truman. Sendo que em qualquer parte do mundo onde se implantasse um governo de esquerda que prejudicou o capitalismo e os EUA, eles interviriam com armas;

·         Em 1949 ao perceber que uma guerra estaria próxima, ao EUA e o Canadá juntaram-se com os países da Europa Ocidental criando a OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), que unia forças para atacar os inimigos do capitalismo;

·         Em contrapartida a URSS e seus aliados criaram o Pacto de Varsóvia (1955), que unia forças militares da Europa Oriental (socialista);

·         Os comunistas atacavam os problemas sociais do capitalismo. Percebendo isso os EUA criou o Plano Marshall, um projeto que propunha ajudar a economia dos países da Europa Ocidental. Emprestar dinheiro, fornecer tecnologias e investir capital. O plano foi bem sucedido e a Europa Ocidental se recuperou;

·         No final da Segunda Guerra Mundial Alemanha foi invadida por todos os lados, ficou dividida em Alemanha Ocidental (capitalista) e Alemanha Oriental (socialista). Berlim também foi dividida. Os EUA viram em Berlim uma vitrine, e passaram a investir pesado no lado capitalista, que em pouco tempo tornou-se moderna. Já o lado socialista de Berlim não tinha o mesmo progresso, a URSS não contava com os mesmos recursos dos EUA;

·         Berlim Ocidental era uma ilha capitalista que representava o progresso em meio ao socialismo;


·         Stálin dirigente da URSS, resolveu acabar com a comunicação entre Alemanha Oriental e Berlim Ocidental, mandou construir um muro de isolamento, o muro de Berlim (1961). Quem tentou pular o muro foi preso ou morto. Para o ocidente o muro era a prova da “superioridade”, pois as pessoas tentavam fugir para o ocidente. O muro foi derrubado em 1989;

·         Na Conferência de Yalta, ficou acertado após a Segunda Guerra Mundial, que a divisão do mundo era em áreas de influência (capitalista=EUA e socialismo=URSS). Porém em muitos conflitos esse acordo não foi seguido;

·         A guerra fria atingiu um dos princípios da civilização norte-americana: a liberdade individual. Era o período do macarthismo, quando o senador McCarthy criou um Comitê de Investigação de Atividades Antiamericanas. Qualquer suspeito de se opor ao governo americano era preso e podia ser condenada a morte;

·         Nos anos 50 e 60 a Guerra Fria atingiu seu apogeu, com muita intolerância por ambos os lados. Mas nos anos 60 a tensão diminuiu um pouco, pois tanto a URSS como os EUA não queriam uma guerra nuclear internacional. Houve o encontro de Joh Kennedy e Nikita Krushev – coexistência pacífica;

·         Em 1970 o presidente norte americano Nixon e Brejnev iniciaram a distensão mundial, com a assinatura de acordos para diminuir a corrida armamentista;

·         Mas em 1980 Regan (EUA) resolveu reviver a Guerra Fria. A corrida armamentista foi retomada, e nos filmes surge à figura do Rambo, mostrando os russos como criminosos e mentirosos;

·         No final dos anos 80, a URSS estava arruinada devido aos gastos com armamentos. O dirigente soviético Mikhail Gorbatchev procurou entendimento com os norte americanos. Pouco depois a crise econômica derrubou os comunistas do poder na URSS. Gorbatchev saiu e entrou Bóris Yeltsin, que acabou com a URSS em 1991 e fez a Rússia retornar ao capitalismo. Agora os EUA era a única superpotência mundial;

·         O Brasil ficou ao lado dos EUA e rompeu relações diplomáticas com a URSS. O PC do B foi proibido de funcionar em 1947. Em 1964 João Goulart foi derrubado por um golpe militar, e se instalou uma ditadura no Brasil, com perseguição aos comunistas.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

HISTÓRIA DE SANTA CATARINA


Estudos Regionais          Proª Daniela Lucio Minotto

·          Em 1492, Cristóvão Colombo, italiano a serviço da Espanha, navegando rumo ao ocidente para atingir as Índias, acabou descobrindo a América. Conhecida a existência de terras ocidentais, Portugal também passou a se interessar por elas. Exigiu da Espanha um Tratado que repartisse as terras descobertas e ainda por descobrir. Em 1494 foi assinado o Tratado de Tordesilhas. Imaginou-se uma linha que passaria a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde, e serviria de limites às possessões dos países. As terras a oeste pertenciam à Espanha e as situadas a leste era de Portugal. O tratado atravessaria as atuais cidades de Belém(Pará) e Laguna(Santa Catarina);

·          Em 22 de abril de 1500 a esquadra de Cabral chegou ao nosso litoral e oficializou a posse da colônia. Esta só passou a ser colonizada em 1530 com a expedição de Martim Afonso de Souza;

·          Desde o início do século XVI, pontos do litoral catarinense começaram a aparecer nas cartas geográficas. A expedição de João Dias Sólis(1515) assinala a Baía dos Perdidos, referindo-se as águas entre a ilha de SC e o continente. Em 1526, Sebastião Caboto, navegante italiano a serviço do governo espanhol, denominada essa ilha de Porto dos Patos em seus mapas. O nome de SC para ilha foi usado somente em 1529, em mapa de Diogo Ribeiro;

·          O litoral catarinense servia de escala para portugueses e espanhóis, que desejavam atingir a região do rio da Prata;
·          Em 1534, o rei de Portugal introduziu o sistema de capitanias hereditárias para administrar o Brasil. A colônia foi dividida em 15 lotes e doadas a 12 donatários. A capitania que englobava terras catarinenses era a de Santana (Pero Lopes), chegava até as imediações de Laguna. Porém por várias razões o sistema de capitanias fracassou;

·          Quando os primeiros europeus chegaram a SC, encontraram duas grandes nações indígenas: Tupi e Jê. Os tupis habitavam o litoral, eram chamados de carijós. Os índios jê se distribuíam pelo planalto e pelo litoral. Nos séculos XVII e XVIII, os europeus foram ocupando as terras indígenas, e esse contato levou a dizimação dos nativos e a perda de sua identidade cultural;
·          A catequisação dos nativos em SC pelos padres jesuítas, ficou conhecida como missão aos carijós, inicio-se no século XVI e estendeu-se até o XVIII;

·          A capitania de São Vicente passou a não prosperar mais, então começaram aprisionar os índios e vende-los para s capitanias produtoras de açúcar do nordeste. Iniciando-se assim as bandeiras, que existiram até meados do século XVII;
·          O oeste catarinense era o caminho utilizado pelos bandeirantes para atingir o território do atual RS, na caça ao índio. Como conseqüência das bandeiras destaca-se a fundação dos primeiros núcleos de povoamento no litoral de SC;
·          A fundação do povoado de São Francisco (atual São Francisco do Sul) por Manoel Lourenço de Andrade, em 1658, deu início a ocupação do litoral catarinense. Em seguida o bandeirante Francisco Dias Velho fundou o povoado de nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis), em 1672. Por volta de 1684, Domingos de Brito Peixoto fundou Laguna;

·          Em 1680 o português Manuel Lobo fundou a colônia do Santíssimo Sacramento, à margens do rio da Prata, tornando-se importante entreposto comercial. Para dar apoio o governo português ordenou a fundação de Laguna no litoral catarinense. A partir daí o nosso litoral passou a ser visitado constantemente pelos portugueses que queriam abrir caminhos entre Laguna e Sacramento;

·          Em 1738 a coroa criou a capitania de Santa Catarina para servir de cobertura militar à colônia do Sacramento, sendo criado assim um sistema defensivo no litoral catarinense. Em 1748 foi incentivado a vinda de açorianos, que se espalharam ao longo do litoral fundando vários povoamentos;

·          A mineração marcou a economia brasileira do século XVIII, quando as primeiras jazidas foram encontradas em Minas Gerais, em Goiás e Mato Grosso. Com a exploração das jazidas a região sul passou a interessar ainda mais os portugueses, pois os sulistas criavam gado (para produção de carne e couro) e animais para tração ou transporte que iriam abastecer a região mineradora.

·          Foram abertos caminhos pelo interior ligado ao sul a São Paulo, onde o gado era comercializado. Foi assim que surgiu o tropeiro, indivíduo responsável pelo transporte do gado que abastecia as ricas minas Gerais;

·          Pousos de tropas e a busca de novas pastagens deram origem a cidades como Lages, Curitibanos, São Joaquim e Campos Novos. A instalação de um posto de cobranças de impostos às margens do rio Negro, onde os tropeiros eram obrigados a parar, favoreceu a formação de um novo povoamento, origem da atual cidade de Mafra;

·          Em 1750, os reis ibéricos assinaram o Tratado de Madri, pelo qual Espanha entregava os Sete Povos das Missões a Portugal e recebia em troca a Colônia do Sacramento. O ministro do rei português D. José. Marquês de Pombal, elaborou um plano de expulsão seria a ilha de Santa Catarina, que foi preparada para uma possível guerra;

·          O governo espanhol organizou uma grande expedição e, em 23 de fevereiro de 1777, invadiu a ilha. As autoridades locais e parte da tropa se retiraram para o continente, a ilha foi entregue ao comandante da expedição. O domínio espanhol da ilha de Santa Catarina se estendeu até 4 de agosto de 1778;

·          No início do século XIX, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil não trouxe mudanças para SC, termina o período colonial e a situação econômica permanece bastante difícil;


SANTA CATRANINA NO PRIMEIRO REINADO

  • No período monárquico as províncias passaram a ser governadas por um presidente escolhido pelo imperador. O primeiro presidente da província foi João Antônio Rodrigues de Carvalho, que pretendia a integração do litoral com o interior, com o projeto de construção de uma estrada que ligava Desterro ao território das Missões, no Uruguai;
  • Durante o Segundo Reinado não houveram investimentos na colonização de nosso território, no entanto começamos a receber as primeiras levas de imigrantes;
  • A abdicação de Dom Pedro provocou manifestações de descontentamento em SC, principalmente pelos militares que estavam com seus pagamentos atrasados, e de Jerônimo Francisco Coelho, responsável pelo primeiro jornal, O catarinense;

A REGÊNCIA E O SEGUNDO REINADO

·         Em 1831 Dom Pedro abdicou o trono, e seu filho tinha apenas 5 anos de idade, pela constituição brasileira o Brasil deveria ser governado por regentes. Inicia-se então o período regencial;
·         Em 1840 com a maioridade de Dom Pedro inicia-se o segundo reinado, que carcterizou-se pela adoção de regime parlamentarista. Este período é considerado um dos mais agitados da história brasileira. Eclodiram movimentos revolucionários em todo o país inclusive aqui no Sul;
·         Em 1835 teve início no Rio Grande do Sul a Guerra dos Farrapos, que durou até 1845. Essa guerra fortaleceu o pensamento liberal em nossa terra, com a defesa de uma maior autonomia para as províncias. Em 1839, os farroupilhas invadiram SC ocupando Lages e Laguna, cidades onde havia grupos que apoiavam o movimento. No início de 1938 Lages declarou sua adesão à República Rio-Grandense, um ano depois chegaram a proclamar um regime republicano. Como represália o governo proibiu qualquer atividade comercial com Lages. Aos poucos as forças imperiais foram reprimindo os revoltosos e voltando a normalidade;
·         Dominada pelos revoltosos, em 22 de julho de 1839, Laguna recebeu a denominação de Cidade Juliana de Laguna, tendo a frente Davi Canabarro. Em 1840, teve fim a República catarinense;




Santa Catarina e a proclamação da República

·         Em 15 de novembro de 1889, os militares proclamaram a República no Brasil, com o governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca. Em 24 de fevereiro de 1891 foi promulgada a primeira constituição, que estabelecia a república como forma de governo, o federalismo e o presidencialismo;
·         Logo após tomarem conhecimento da proclamação da república, os membros do clube republicano de Desterro e os oficiais da guarnição militar escolheram uma junta governativa para SC. Em abril de 1891 foi instalada nossa primeira Assembléia Constituinte estadual, para elaborar uma constituição para SC, aprovada em junho de 1891. Logo em seguida o tenente Lauro Muller foi eleito e empossado presidente do estado;
·         Durante a República Velha nosso estado foi governado por políticos que pertenciam ao Partido Republicano Catarinense. Durante esse período graças ao crescimento econômico de nosso estado tivemos melhorias em rodovias, nas comunicações, instalação de redes telefônicas e de energia elétrica;

A Revolução de 1930

·         Entre 1902 e 1906 o Brasil foi governado por Campos Sales. Nesse período, teve início a chamada “política café-com-leite”, que se caracterizou pelo domínio político da oligarquias de São Paulo e Minas Gerais no governo federal. Estes estabeleceram um acordo onde se revesavam na indicação do candidato á presidência da república. Essa aliança funcionou até 1929, quando os cafeicultores viram seu produto decair nas exportações devido a crise mundial. Pos isso decidiram que o substituto do presidente Washington Luís do PRP, deveria ser outro político paulista, que seria Julio Prestes.
·         Criou-se então a Aliança Liberal, que lançou como candidato o gaúcho Getúlio Vargas

REVOLUÇÃO RUSSA


REVOLUÇÃO RUSSA


·        No começo do século XX, a Rússia era um dos países mais atrasados do mundo. Havia muita desigualdade social;

·        A Rússia era governada por um tzar (imperador), não havia parlamento e partidos políticos só clandestinos;

·        Partido Social Democrata: socialismo cientifico de Marx e Engels, queriam se aproximar dos operários, camponeses e intelectuais, contra a opressão tzarista;

·        Bolcheviques e Mencheviques;

·        O objetivo da revolução democrático-burguesa era tornar a Rússia um país capitalista moderno e democrático;

·        A Revolução de 1905 – Em janeiro milhares de pessoas se juntaram em uma passeata pacifica, liderada por um padre. Cantavam hinos e desejavam saúde ao tzar, este não quis nem saber e abriu fogo contra a multidão. Isso causou indignação e vários levantes e greves. Foi um ensaio geral para a grande Revolução;

·        Outras revoltas se sucederam, em março de 1917 o tzar renunciou e a Rússia se tornou uma República;

·        Revolução burguesa de 1917: todos os partidos tinham autorização. Enquanto não se elegia uma Assembleia funcionava um governo provisório (karenski). Foi democrática porque teve participação do povo, e burguesa pois contentava o capitalismo e os partidos políticos da burguesia liberal;

·        Revolução socialista de 1917: o tzar caiu, mais as reivindicações do povo de  “paz, pão e terra” ainda não havia sido atendida. Os bolcheviques aproveitaram a decepção do povo e estimularam à revolta;

·        Na madrugada do dia 6 de novembro de 1917, as tropas vermelhas começaram a tomara a capital (Petrogrado) e Moscou. Logo não havia mais governo provisório da burguesia. Na direção do novo governo estava Lênin, e a seu lado Trotsky e Stálin;

·        O primeiro ato do governo bolchevique foi o decreto da terra: todas as terras da nobreza foram distribuídas;

·        Assinaram um acordo de paz com a Alemanha, o tratado de Brest-Litovski. O exército bolchevique era o exército vermelho;

·        Logo os países capitalistas ficaram assustados, com medo que a revolução socialista se espalhasse;

·        Dentro da Rússia havia pessoas que eram contra a revolução e junto com alguns burgueses formaram o exército branco, gerando um período de guerra civil, que ficou conhecida como comunismo de guerra, e durou de 1918 a 1921;

·        O partido comunista como era chamado o partido bolchevique, passou a agir como uma ditadura contra aqueles que se colocavam contra o socialismo;

·        O governo soviético tomou muitas fábricas, bancos e empresas, que passaram a ser propriedade do Estado. A alta burguesia começou a desaparecer, os salários foram igualados. A contrarrevolução foi derrotada (ninguém queria se envolver em outra guerra);

·        O Ocidente capitalista cercou a Rússia com um cordão sanitário, fechou o contato com o mundo, não importar e não ajuda-la em nada. Isso para que a população derrubasse os bolcheviques;

·        A situação da Rússia passou realmente a se complicar, o povo estava passando fome;

·        Em 1922 a Rússia passou a se chamar União das repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), o governo adotou a Nova Politica Econômica (NEP), para recuperar a economia. Agora pequenas empresas podiam existir, era uma espécie de mini capitalismo controlado pelo governo socialista;

·        Após a morte de Lênin (1924) houve disputa de poder entre os dois dirigentes soviéticos – Leon Trotsky e Josef Stálin;

·        Trotsky dizia que o socialismo só daria certo se espalhasse por toda Europa (revolução permanente). Stálin defendia a tese do socialismo num só país. Stálin acumulou poderes e derrotou Trotsky, tornando-se ditador;

·        No tempo de Stálin (1927-1953) o estado cresceu e passou a engolir tudo, as eleições eram uma encenação, os candidatos eram oficiais do exército, as greves foram proibidas, o pensamento independente acabou. Não era a ditadura do proletariado e sim da burocracia;

·        Stálin acabou com a NEP e criou os Planos Quinquenais (5 em 5 anos) com prioridade para as indústrias de base. O resultado foi um crescimento espetacular na economia, nenhum país do século XX cresceu tanto;

·        O capitalismo é uma economia de mercado, com base na propriedade privada e com o objetivo de lucro. O socialismo é uma economia planificada (não há propriedade privada) e o objetivo é o bem estar do trabalhador, e este é que decide o que produzir. As empresas são coletivas, pertencem ao trabalhador;

·        Mas na URSS Stalinista o povo não participava, apenas cumpria ordens;

·        Se a KGB (polícia secreta) desconfiasse de que uma pessoa era contra o governo, ela poderia ser condenada, mesmo que fosse do partido comunista;

·        As ideias de Marx e Engels nada tinham haver com a tirania de Stálin. Este se preocupava com o bem estar da população, porém não admitia oposições. Não dá para fazer socialismo sem democracia;

·        Embora toda tirania, Stálin era adorado pela população soviética, pois este havia proporcionado melhores condições de vida para o povo, e a propaganda tratou de desenvolver um culto á personalidade de Stálin.


O IMPERIALISMO NA ÁSIA E NA ÁFRICA


O IMPERIALISMO NA ÁSIA E NA ÁFRICA


                               A SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
·         Na metade do século XIX, as inovações tecnológicas impulsionaram o desenvolvimento das indústrias e estimularam a realização de novas pesquisas e inovações. Nos campos houve um grande aumento da produção agrícola;

·         A industrialização se intensificou e se expandiu para novos países. As mudanças econômicas, sociais e políticas desse período ficaram conhecidas como Segunda Revolução Industrial, e teve como base duas novas fontes de energia: eletricidade e petróleo;

·         A geração de eletricidade é uma alternativa mais barata que o carvão, e inesgotável, e foi possível com a invenção do dínamo. Inicialmente foi utilizada para iluminação pública e depois passou a substituir a energia a vapor nas fábricas;

·         O petróleo começou a ser utilizado a partir de 1859, quando foram perfurados os primeiros poços de petroélo nos Estados unidos. Inicialmente oi utilizado para iluminação e nas fábricas, somente em 1870 passou a ser utilizado como combustível nos meios de transporte;

·         Surgiram inúmeras inovações, como a invenção do telefone, do telégrafo e do rádio, assim como novos fertilizantes, medicamentos e a grande revolução da metalurgia com um novo processo de fabricação de aço, extremamente importante para a industrialização;

·         Houve também uma revolução nos meios de transporte com a expansão dos trilhos ferroviários, construção de ferrovias transnacionais e substituição dos navios a vela por navios a vapor;

·         Todas essas inovações ocasionaram um aumento significativo na população européia, em 1750 eram 145 milhões, e em 1900 chegou a cerca de 430 milhões de pessoas;

·         Na Segunda Revolução Industrial, a complexidade e o alto custo das novas atividades econômicas exigiam um capital que dificilmente poderia ser obtido com recursos individuais, criando um território privilegiado para atuação de instituições financeiras, que passaram a investir e controlar essas atividades por meio de empréstimos. Muitos bancos se tornaram acionistas de uma empresa, surgia assim o capitalismo financeiro, resultante da fusão do capital bancário com aquele gerado nos demais setores da economia;

·         Muitas empresas sem capital para ampliar a produção e conquistar novos mercados criaram dificuldade para atuação de pequenos empresários. Assim muitas empresas se associaram formando os oligopólios, um pequeno grupo de empresas poderosas que controlava determinado rumo da produção;

·         Surgiram associações empresariais:
Truste: quando várias empresas de um mesmo setor, interessadas em controlar preços, produção e mercado se fundiam, formando uma única organização.
Cartel: empresas que estabeleceram acordos para controlar os preços e combater os concorrentes;
Holding: tipo de organização econômica que detém o controle acionário de um grupo de empresas subsidiárias de um mesmo ramo ou ramos diferentes;
·         As pequenas empresas continuaram existindo, mas o capital estava concentrado nas mãos das chamadas sociedades anônimas;

·         O aumento acelerado da produção impulsionado pelos avanços técnicos, gerou ma grande depressão, que se estendeu de 1873 a 1896 e se caracterizou pela superprodução, levando muitas empresas a falência;

·         Várias medidas foram adotadas para combater os efeitos dessa crise: associação de empresas do mesmo ramo, alguns governos criaram medidas protecionistas. Assim como buscar novos mercados consumidores, principalmente na África e na Ásia, onde pudessem escoar a mercadoria excedente. Houve também um aumento na procura de matérias-primas. O aumento populacional da Europa gerou o maior movimento migratório da história, foram mais de 35 milhões de europeus que se aventuraram em novos continentes;



  
IMPERIALISMO: O COLONIALISMO DO SÉCULO XIX

·                Quando as instituições financeiras passaram a controlar diretamente a indústria e outras atividades da economia, o colonialismo tornou-se uma necessidade histórica para expansão do capitalismo. Desde meados do século XIX, as nações européias começaram a impor uma política de dominação colonial em outros territórios (África e Ásia);

·                Definição de imperialismo: o processo de expansão das grandes potências industrializadas em busca de colônias e áreas de exploração econômica, impulsionado pelos interesses do capital financeiro e dos grandes oligopólios.

·                O resultado dessa expansão imperialista foi à partilha quase completa da África entre os Estados europeus, e a ocupação da Ásia;

·                Nas áreas dominadas toda economia colonial, bem como a infraestrutura física e administrativa, estava voltada para o mercado externo (impostos e confiscos);

·                A dominação imperialista apresentou, em cada região, características específicas, de acordo com os interesses da das potências imperialistas e as relações estabelecidas com as elites dirigentes locais.

Áreas de domínio econômico: países independentes que não sofriam dominação política direta, mas eram explorados economicamente;
Áreas de protetorado: domínios coloniais tratados como aliados, o quadro dos dirigentes locais eram subordinados a uma autoridade européia;
Áreas de colonização direta: áreas dominadas militar, política e economicamente;
Áreas de influência: territórios em que os dirigentes locais eram mantidos, mas obrigados a assinar tratados que garantiam vantagens econômicas e jurídicas as potências estrangeiras.

·         Nas áreas de dominação, a busca de lucro era a grande meta, e para isso contratavam trabalhadores a baixos salários ou recorriam ao trabalho escravo;


A EXPANSÃO EUROPEIA NA ÁSIA

·         No final do século XVIII, a Índia tinha diversos principados sujeitos a administração da Companhia das Índias Orientais (Inglaterra). Em meados do século XIX, os ingleses dominavam quase todo o território da Índia;

·         De exportadores de tecidos, os indianos se transformaram em fornecedores de matérias-primas, especiarias e importadores de tecidos ingleses. A população foi submetida a altos impostos cobrados pelos ingleses;

·         Da miséria da população indiana resultou a Revolta dos Cipaios (1857-58), organizada pelos soldados coloniais indianos. Após reprimir a revolta o governo britânico dissolveu a Companhia da Índias Orientais e assumiu diretamente o comando da colônia. Depois dois territórios também foram incorporados: Birmânia (1866) e Malásia (1874);

·         Além da Inglaterra, França, Alemanha e Estados Unidos se interessaram muito na dominação da China, país populoso e rico em recursos naturais. Porém o governo da China era centralizado e não aceitava com facilidade investimentos estrangeiros. Aos poucos os ingleses foram comercializando com a China, por muito tempo conseguiam apenas comercializar o chá com os chineses, mas o ópio foi a solução para equilibrar a balança comercial com a China;


·         ÓPIO: Suco extraído da papoula, utilizado como matéria-prima na fabricação de muitos medicamentos, o ópio também é cultivado para o comércio clandestino de drogas, como a heroína, que levavam facilmente a dependência e, em muitos casos, a morte;

·         Diante do consumo excessivo de ópio, em 1839 as autoridades chinesas promoveram a queima de 20 mil caixas de ópio na província de Cantão, ato que foi considerado uma afronta pelos britânicos, o fato deu início à Guerra do ópio (1839-1842). O governo britânico enviou navios de guerra que bombardearam a cidade de Nanquim, a China se rendeu;


·         Em 1842 foi assinado o Tratado de Nanquim, que estabelecia a abertura de quatro portos chineses à Inglaterra, e o controle inglês de Hong Kong;
·         No final do século XIX, a China estava dividida em áreas de influência da Inglaterra, França, Rússia, Alemanha, Estados Unidos e Japão.
·         Até meados do séc. XIX, o poder no Japão era controlado por poderosas famílias de proprietários rurais, liderados por um Xogum (líder político, militar, com poderes hereditários), apresentava características semelhantes ao feudalismo. Durante esse período o Japão  se isolou abolindo o comércio e expulsando os estrangeiros (holandeses e depois norte americanos);
·         A partir de 1868, o Japão aboliu o xogunato dando início a era Meiji (governo esclarecido), período marcado por reformas econômicas. Com financiamentos externos grandes indústrias siderúrgicas e de tecelagem foram inauguradas, o Japão tornou-se uma potência asiática;
·         As mudanças não foram só econômicas, o sistema feudal foi abolido, o casamento entre classes sociais diferentes foi permitido, e a tradicional preocupação com a formação intelectual do povo foi mantida;