segunda-feira, 8 de julho de 2013

Grécia Antiga

Ø  O território ocupado pela Grécia Antiga pode ser dividido em três partes:
·           Continental: corresponde ao sul da Península Balcânica
·           Insular: formada pelas ilhas do Mar Egeu
·           Asiática: localizada na costa ocidental da Ásia Menor (atual Turquia)

Ø  A Grécia Antiga não chegou a formar um Estado unificado. Seu território era ocupado por várias cidades autônomas, com organização social, religiosa, política e econômicas próprias. Essas cidades eram chamadas de pólis ou cidades-estado. As principais foram: Esparta, Atenas, Tebas e Corinto.

Ø  A pólis era constituída por um núcleo principal, algumas vilas e áreas agrícolas. No núcleo principal ficava a acrópole (centro religioso que servia de fortaleza militar), ágora (praça central) e asti (espécie de mercado).

Ø  Os historiadores costumam dividir a história da Grécia em: pré-homérico, homérico, arcaico, clássico e helenístico.

PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (Século XX-XII a.C)
Ø  A população da Grécia antiga é a mistura de quatro povos: aqueus, jônios, eólios e dórios. Os primeiros a chegarem a Península Balcânica foram os aqueus e se instalaram na região do Peloponeso, a principal cidade dessa região era Micenas. Os aqueus iniciaram um processo de expansão conquistando Creta e dominando toda região do Mar Egeu e do Mar Negro. Um dos episódios mais conhecidos deste período de expansão foi à guerra com a cidade de Tróia (1.200 a.C).

Ø  O predomínio dos aqueus teve fim quando ocorreu à invasão dos dórios, que atacaram com suas armas de ferro, provocando a fuga para o interior do continente, esse processo ficou conhecido como a primeira diáspora Grega;

PERÍODO HOMÉRICO (Século XII – VIII a.C)
Ø  Á invasão dos dórios durante muito tempo foi relatada apenas pelos poemas épicos de Homero, Ilíada e Odisseia, daí o nome desse período;

Ø  A dispersão populacional provocou mudanças no modo de vida dos gregos, com a diminuição das atividades urbanas (comércio e artesanato), das produções artísticas e a própria escrita caíram no desuso. A principal organização social passou a ser os chamados Genos, uma espécie de clã ou grande família, que cultuavam um antepassado comum.

Ø  Nos genos a propriedade da terra era comunal, o líder era o mais velho e o poder era hereditário. Após três séculos a estrutura dos genos acabou fracassando, havendo disputa de terras que até então era comunal, surgindo então à propriedade privada e consequentemente as desigualdades sociais, sendo que na distribuição de terras os próximos ao líder ficaram com as terras mais férteis, surgindo assim uma aristocracia rural.


Ø  No final do período a economia da região voltou a crescer, com a utilização da moeda, a difusão da metalurgia e o desenvolvimento da escrita. As cidades ressurgiram, era a segunda diáspora grega, motivada pelo crescimento populacional e pela transformação dos genos que estimulou outras formas de subsistência, como o comércio. As atividades econômicas possibilitaram o fortalecimento de comerciantes e artesãos. Mas um grande número de camponeses empobreceu, muitos perderam suas terras ou tornaram-se escravos de dívidas. Muitas cidades aboliram a monarquia (governo de um) substituindo por uma elite governante a aristocracia (governo de alguns). Em Atenas surgiu à democracia (governo da maioria).

PERÍODO ARCAICO (Século VIII – V a.C)

Ø  A sociedade grega desse período foi se tornando escravista. A expansão colonial, comercial e escravista foi importante ao processo de urbanização, levando a consolidação das cidades-estados. A Grécia possuía mais de cem cidades-estados, mas duas se destacaram:
ESPARTA
Ø  Localizada na Península do Peloponeso, fundada pelos dórios. A legislação que regia Esparta foi criada por Licurgo. As camadas sociais eram: Esparciatas( aristocracia dórica), Periecos (homens livres que se dedicavam ao comércio e artesanato, não possuíam direitos políticos) e os Hilotas (maior parte da população, servos que trabalhavam nas terras dos esparciatas).

Ø  Politicamente Esparta era organizada de maneira a manter os privilégios da camada dominante. As principais instituições políticas eram: Diarquia (dois reis com autoridade militar e religiosa), Gerúsia (formada por anciões, fiscalizava a administração do governo) Ápela (assembleia popular para eleger os éforos) e Eforado (composta por cinco éforos, eram administradores das cidades, fiscalizava os reis, controlava o sistema educacional e distribuía as propriedades).

Ø  A formação espartana era rígida e militar. As crianças que nasciam com deformações eram sacrificadas.

ATENAS
Ø  Localizada na Ática, fundada pelos jônios. A primeira forma de governo foi à monarquia, com um rei (baliseu), com poder limitado por um conselho de aristocratas. A expansão comercial favoreceu os demiurgos (artesãos e comerciantes estrangeiros) que enriqueceram e passaram a reivindicar participação política.

Ø  O confronto de classes sociais exigiu reformas, iniciadas por Drácon, que elaborou as primeiras leis escritas da cidade. Sólon realizou reformas radicais, como abolição da escravidão por dividas. Não resolveu os problemas e ainda permitiu que Psistrato assumisse o poder. Somente  em 509 a.C Clístenes realizou reformas que deram origem a democracia.


Ø  A democracia em Atenas era constituída da seguinte forma: Bulê (assembleia que elaborava as leis) Eclésia ( assembleia que votava as leis) e Hiléia (tribunal de justiça).

Ø  Quanto à educação os atenienses tinham uma visão ampla, visavam à preparação física e intelectual.

PERÍODO CLÁSSICO (Século V – IV a.C)

Ø  As cidades gregas atingiram seu momento de maior esplendor e riqueza. A tentativa persa de anexar áreas da Ásia Menor, ocasionou uma guerra que durou quase trinta anos. Atenas e Esparta se uniram enfrentar os persas. Vencido o inimigo começaram os conflitos internos que provocariam o enfraquecimento das cidades-estados e a decadência do mundo grego.

Ø  Guerra do Peloponeso: as cidades gregas se dividiram em dois blocos. Esparta formou a Liga do Peloponeso juntamente com Corinto e Tebas. E Atenas liderou a Liga dos Delos. A guerra foi um conflito longo e desgastante para as duas cidades, Atenas era superior no mar e Esparta levava desvantagens nas batalhas terrestres. Apoiados pelos persas, os espartanos construíram uma poderosa frota e derrotaram os atenienses, na batalha de Egos-Pótamos. Em 371 a.C Tebas venceu Esparta na batalha de Leuctras. Enfraquecidas pelas constantes guerras, as cidades gregas caíram sob o domínio macedônico, poucos anos mais tarde.

PERÍODO HELENÍSTICO
Ø  Localizada ao norte da Grécia, a Macedônia era governada pelo rei Felipe II, não tinham os mesmos recursos econômicos e culturais dos gregos. Em 338 a.C Tebas e Atenas foram derrotadas pelos macedônicos na batalha de Queronéia. Depois formou com algumas cidades gregas a Liga de Corinto para declarar guerra ao império persa, mas o rei macedônico foi assassinado.


Ø  Seu plano foi executado pelo seu filho Alexandre (20 anos), que conquistou a Fenícia, o Egito e a Índia. A morte de Alexandre aos 33 anos de idade desencadeou uma grave crise no império. Depois de 40 anos de combate pela sucessão formaram-se três reinos: o da Macedônia incluindo a Grécia Antiga, o Egito e o da Ásia Menor. Esses reinos foram chamados de reinos helenísticos, e aos poucos foram conquistados pelos romanos nos séculos II e I a.C.