quarta-feira, 31 de julho de 2013
segunda-feira, 8 de julho de 2013
Grécia Antiga
Ø O território ocupado pela Grécia
Antiga pode ser dividido em três partes:
·
Continental:
corresponde ao sul da Península Balcânica
·
Insular:
formada pelas ilhas do Mar Egeu
·
Asiática:
localizada na costa ocidental da Ásia Menor (atual Turquia)
Ø A Grécia Antiga não chegou a formar
um Estado unificado. Seu território era ocupado por várias cidades autônomas,
com organização social, religiosa, política e econômicas próprias. Essas
cidades eram chamadas de pólis ou cidades-estado. As principais foram:
Esparta, Atenas, Tebas e Corinto.
Ø A pólis era constituída por um núcleo
principal, algumas vilas e áreas agrícolas. No núcleo principal ficava a
acrópole (centro religioso que servia de fortaleza militar), ágora (praça
central) e asti (espécie de mercado).
Ø Os historiadores costumam dividir a
história da Grécia em: pré-homérico, homérico, arcaico, clássico e helenístico.
PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (Século XX-XII a.C)
Ø A população da Grécia antiga é a
mistura de quatro povos: aqueus, jônios, eólios e dórios. Os primeiros a
chegarem a Península Balcânica foram os aqueus e se instalaram na região do
Peloponeso, a principal cidade dessa região era Micenas. Os aqueus iniciaram um
processo de expansão conquistando Creta e dominando toda região do Mar Egeu e
do Mar Negro. Um dos episódios mais conhecidos deste período de expansão foi à
guerra com a cidade de Tróia (1.200 a.C).
Ø O predomínio dos aqueus teve fim
quando ocorreu à invasão dos dórios, que atacaram com suas armas de ferro,
provocando a fuga para o interior do continente, esse processo ficou conhecido
como a primeira diáspora Grega;
PERÍODO HOMÉRICO (Século XII – VIII a.C)
Ø Á invasão dos dórios durante muito
tempo foi relatada apenas pelos poemas épicos de Homero, Ilíada e Odisseia, daí
o nome desse período;
Ø A dispersão populacional provocou
mudanças no modo de vida dos gregos, com a diminuição das atividades urbanas
(comércio e artesanato), das produções artísticas e a própria escrita caíram no
desuso. A principal organização social passou a ser os chamados Genos, uma espécie de clã ou grande
família, que cultuavam um antepassado comum.
Ø Nos genos a propriedade da terra era
comunal, o líder era o mais velho e o poder era hereditário. Após três séculos
a estrutura dos genos acabou fracassando, havendo disputa de terras que até
então era comunal, surgindo então à propriedade privada e consequentemente as
desigualdades sociais, sendo que na distribuição de terras os próximos ao líder
ficaram com as terras mais férteis, surgindo assim uma aristocracia rural.
Ø No final do período a economia da
região voltou a crescer, com a utilização da moeda, a difusão da metalurgia e o
desenvolvimento da escrita. As cidades ressurgiram, era a segunda diáspora
grega, motivada pelo crescimento populacional e pela transformação dos genos que
estimulou outras formas de subsistência, como o comércio. As atividades
econômicas possibilitaram o fortalecimento de comerciantes e artesãos. Mas um
grande número de camponeses empobreceu, muitos perderam suas terras ou
tornaram-se escravos de dívidas. Muitas cidades aboliram a monarquia (governo
de um) substituindo por uma elite governante a aristocracia (governo de
alguns). Em Atenas surgiu à democracia (governo da maioria).
PERÍODO ARCAICO (Século VIII – V a.C)
Ø A sociedade grega desse período foi se
tornando escravista. A expansão colonial, comercial e escravista foi importante
ao processo de urbanização, levando a consolidação das cidades-estados. A
Grécia possuía mais de cem cidades-estados, mas duas se destacaram:
ESPARTA
Ø Localizada na Península do
Peloponeso, fundada pelos dórios. A legislação que regia Esparta foi criada por
Licurgo. As camadas sociais eram: Esparciatas(
aristocracia dórica), Periecos (homens
livres que se dedicavam ao comércio e artesanato, não possuíam direitos
políticos) e os Hilotas (maior parte
da população, servos que trabalhavam nas terras dos esparciatas).
Ø Politicamente Esparta era organizada
de maneira a manter os privilégios da camada dominante. As principais instituições
políticas eram: Diarquia (dois reis
com autoridade militar e religiosa), Gerúsia
(formada por anciões, fiscalizava a administração do governo) Ápela (assembleia popular para eleger os
éforos) e Eforado (composta por cinco
éforos, eram administradores das cidades, fiscalizava os reis, controlava o
sistema educacional e distribuía as propriedades).
Ø A formação espartana era rígida e
militar. As crianças que nasciam com deformações eram sacrificadas.
ATENAS
Ø Localizada na Ática, fundada pelos
jônios. A primeira forma de governo foi à monarquia, com um rei (baliseu), com
poder limitado por um conselho de aristocratas. A expansão comercial favoreceu
os demiurgos (artesãos e comerciantes
estrangeiros) que enriqueceram e passaram a reivindicar participação política.
Ø O confronto de classes sociais exigiu
reformas, iniciadas por Drácon, que elaborou as primeiras leis escritas da
cidade. Sólon realizou reformas radicais, como abolição da escravidão por
dividas. Não resolveu os problemas e ainda permitiu que Psistrato assumisse o
poder. Somente em 509 a.C Clístenes
realizou reformas que deram origem a democracia.
Ø A democracia em Atenas era
constituída da seguinte forma: Bulê (assembleia
que elaborava as leis) Eclésia (
assembleia que votava as leis) e Hiléia (tribunal
de justiça).
Ø Quanto à educação os atenienses
tinham uma visão ampla, visavam à preparação física e intelectual.
PERÍODO CLÁSSICO (Século V – IV a.C)
Ø As cidades gregas atingiram seu
momento de maior esplendor e riqueza. A tentativa persa de anexar áreas da Ásia
Menor, ocasionou uma guerra que durou quase trinta anos. Atenas e Esparta se
uniram enfrentar os persas. Vencido o inimigo começaram os conflitos internos
que provocariam o enfraquecimento das cidades-estados e a decadência do mundo
grego.
Ø Guerra do Peloponeso: as cidades gregas se dividiram em
dois blocos. Esparta formou a Liga do Peloponeso juntamente com Corinto e
Tebas. E Atenas liderou a Liga dos Delos. A guerra foi um conflito longo e
desgastante para as duas cidades, Atenas era superior no mar e Esparta levava
desvantagens nas batalhas terrestres. Apoiados pelos persas, os espartanos
construíram uma poderosa frota e derrotaram os atenienses, na batalha de
Egos-Pótamos. Em 371 a.C Tebas venceu Esparta na batalha de Leuctras.
Enfraquecidas pelas constantes guerras, as cidades gregas caíram sob o domínio
macedônico, poucos anos mais tarde.
PERÍODO HELENÍSTICO
Ø Localizada ao norte da Grécia, a
Macedônia era governada pelo rei Felipe II, não tinham os mesmos recursos
econômicos e culturais dos gregos. Em 338 a.C Tebas e Atenas foram derrotadas
pelos macedônicos na batalha de Queronéia. Depois formou com algumas cidades
gregas a Liga de Corinto para declarar guerra ao império persa, mas o rei
macedônico foi assassinado.
Ø Seu plano foi executado pelo seu
filho Alexandre (20 anos), que conquistou a Fenícia, o Egito e a Índia. A morte
de Alexandre aos 33 anos de idade desencadeou uma grave crise no império.
Depois de 40 anos de combate pela sucessão formaram-se três reinos: o da
Macedônia incluindo a Grécia Antiga, o Egito e o da Ásia Menor. Esses reinos
foram chamados de reinos helenísticos, e aos poucos foram conquistados pelos
romanos nos séculos II e I a.C.
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