quinta-feira, 5 de abril de 2012

ROMA

ROMA

·         Roma localiza-se na Península Itálica. Na pré-história foi ocupada por vários povos que formavam três grupos: úmbrios, latinos e sammitas, esses grupos são chamados de italianos. Roma era a mais importante aldeia;
·         Por volta do século VII a.C formou-se na Península o Império Etrusco. Eram poderosos comerciantes, fabricantes de tecidos e praticantes de pirataria. Exerceram grande influência, mas aos poucos os italianos foram expulsando-os;
·         Estrutura de poder durante o império etrusco:
·         Era governada por um rei que tinha caráter religioso;
·         O governo era auxiliado pelos magistrados;
·         Ao lado do rei havia o Senado, composto por anciões, patres e seus descendentes patrícios, que deram origem á elite romana;
·         A população era dividida em grupos religiosos de militares denominados curial (cúria);
·         A família era patriarcal, o pai tinha o poder absoluto sobre os outros parentes, chamados de clientes. A mulher romana não era considerada inferior como em outras sociedades.
·           Entre os fatores que levaram os romanos a dominar o povo Etrusco estão:
ü  Crescimento do comércio que levou Roma a se tornar um centro humano desenvolvido;
ü  A revolta da população Latina pobre (plebe) que não podia participar do poder;
ü  O crescimento político e econômico dos patriarcas que deixou de aceitar a presença dos etruscos;
·         República Romana: O fim da dinastia etrusca não representava mudanças significativas em Roma. A única diferença é que o rei foi substituído por líderes: Cônsul e Pretor, estes tinham plena autoridade (civil, religiosa, militar) por um ano;
·         O Senado principal organismo político da república romana era ocupado pelos patrícios que pertencem à elite econômica. A assembleia era formada por anciãos pobres. Os cônsules consultavam as assembleias sobre algumas questões (guerra, condenações), embora as decisões nem sempre fossem acatadas;
·         A palavra plebe significa multidão. À medida que Roma se expandia, a plebe tornava-se necessária na formação dos exércitos. Muitos plebeus tornavam-se proprietários com recompensas e vitórias militares. O patriarcado precisava da plebe, mas não estavam dispostos a ceder seus privilégios políticos. Desse choque de interesses surgiram os conflitos entre patrícios e plebeus;
·         Dois elementos que marcaram a República Romana: a luta entre patrícios e plebeus e a expansão geográfica;
·         O avanço de Roma sobre as terras de outros povos, começou no século IV a.C. As cidades submetidas eram obrigadas a colocar seu comércio à inteira disposição dos romanos. E foi a expansão comercial de Roma que originou guerras como a de Cartago;
·         A cidade de Cartago era uma grande potência econômica dos séculos IV e III a.C, localizada no norte da África, onde hoje é a Tunísia;
·         Os cartaginenses eram grandes comerciantes que circulavam pelo mar mediterrâneo vendendo suas mercadorias. Quando Roma anexou os portos do sul da Itália, Cartago sentiu-se ameaçada pela nova potência que se formava. Entraram em guerra para decidir as rivalidades;
·         O conflito entre Roma e Cartago já denominado Guerras Púnicas, pois os romanos chamavam os cartaginenses de poeni, que originou o adjetivo púnicas;
·         Cartago foi totalmente destruída e Roma passou a controlar o comércio com mar mediterrâneo;
·         A partir de então as conquistas romanas pareciam não ter mais fim;
·         Os povos que os romanos consideravam primitivos eram submetidos econômica, política e militarmente. Eram considerados províncias, tinham que pagar pesados impostos e a população era escravizada. As outras cidades eram consideradas aliadas;
·         A expansão que se fez através da guerra elevou o prestígio dos militares e gerou uma ampla rede de corrupção entre os funcionários do governo, resultando em inúmeras revoltas;
·         Devido aos gastos com as Guerras Púnicas, o governo aumentou os impostos, e isso obrigou os pequenos proprietários rurais a entregarem suas terras como pagamento de suas dívidas. Tornou-se um trabalhador em busca de emprego, eram os chamados proletariados (que só tinham filhos, prole);
·         Uma nova classe rica surge, a classe dos cavaleiros que enriqueceram com a guerra, fornecendo armas. Substituindo a antiga aristocracia rural;
·         A prática do escravismo em Roma excedeu todos os limites conhecidos até então. Trabalharam na construção de obras públicas, nas minas, na lavoura e no serviço doméstico. Os levantes motivados pelos maus-tratos eram frequentes. Eram chamados de Guerras Servis, o controle exigia verdadeiras operações militares;
·         A mais extensa Guerra Servil foi liderada por Espártago, um escravo gladiador. Depois de dois anos de luta a revolta foi sufocada, foram crucificados cerca de 6 mil rebeldes;
·         A grande concentração da plebe faminta e desocupada em Roma era uma ameaça constante de conflitos. Em meados do século II a.C os irmãos Tibério e Caio e Graco propuseram:
ü  Desapropriação de parte dos latifúndios e distribuição de terras em pequenos lotes para os camponeses;
ü  Lei Frumentária: determinava a venda de trigo à preços baixos para as pessoas pobres. Os irmãos foram mortos, Tibério foi assassinado e Caio suicidou-se devido às perseguições;
·           O período de transição da República para o Império levou cerca de 100 anos e foi marcado por vários problemas: os romanos tinham que lidar com muitas revoltas dos povos dominados e tinham dificuldades em administrar um império tão vasto. Havia também grande disputa pelo poder, travado por generais que resultou na união de Pompeu, Crasso e Júlio César, que em 60 a.C formaram o Primeiro Triunvirato. Isso gerou uma disputa de poder o que culminou em guerra civil, Júlio César derrotou seus adversários e assumiu o poder;
·           Júlio César tornou-se o único imperador de Roma e modificou as leis romanas, tornando um regime autoritário. Durante algum tempo usou o título de ditador, foi assassinado em 44 a.C por defensores da república;
·           Após sua morte houve um outro período de disputas, vencidos por Otaviano, que ao assumir aliviou os focos de tensão que gerava a guerra civil, por isso o governo ficou conhecido como Período de Pax (paz). As principais medidas adotadas: manteve o Senado em funcionamento, retirando dos senadores o poder de decisão. Passou a proibir os abusos dos coletores de impostos. Utilizou a política de “pão e circo”, que consistia na distribuição de pão e trigo, e na realização de espetáculos, que serviam para ocupar o tempo da plebe que vagava pelas ruas de Roma;
·           Os beneficiados com o Império foram o patriarcado, representado pelo senado e as altas esferas militares. As classes inferiores não participavam dos benefícios;
·           Os romanos eram politeístas e praticavam uma religião adaptada da religião grega. Roma viveu conflitos com dois grupos monoteístas: judeus e cristãos.
·           O conflito com judeus estava no fato da Palestina não aceitar suas condições de colônia romana e o pagamento de impostos. Os romanos destruíram Jerusalém em 70 d.C e provocaram a diáspora (dispersão dos judeus);
·           O conflito com os cristãos surgiu porque o cristianismo pregava ideias que se contrapunham ao regime imperial, como a igualdade entre os homens, a humildade e o reconhecimento de Deus como único Deus, ameaçando o culto ao imperador;
·           O fim do Império e o fim da República:
ü   Crise de valores: disputa pelo poder e corrupção
ü   Crise do escravismo: o fim das conquistas trouxe escassez de mão-de-obra diminuição dos espólios e saques de guerra e os grandes gastos. Aumento no custo de vida com escassez de alimento;
ü   Invasões germânicas: com a decadência da força militar romana, os germânicos aproveitaram para avançar sobre o território de Roma;
·         Em 395 d.C o imperador Teodósio dividiu o império; Império Romano do Ocidente (Roma) e Império Romano do Oriente (Constantinopla). A estratégia não teve resultado, o último imperador romano do Ocidente, Rômulo Augusto rendeu-se ao líder germânico Odoacro. Era o fim da República;
·         Os historiadores costumam dividir a história de Roma em: monarquia, República e império;
·         A política de “pão e circo” servia para o governo desviar atenção do povo dos problemas crônicos: pobreza e injustiças;
·         Os imperadores recebiam o título de Augusto, pois eram divinizados.

LENDA SOBRE A FUNDAÇÃO DE ROMA
·         Quando ainda eram bebes Rômulo e Remo foram cruelmente tirados de sua mãe e deixados à margem do rio Tibre para morrerem. Uma loba os salvou da morte, cuidando deles como se fossem filhotes. Mais tarde foram encontrados por um pastor, que os levou para casa. Os irmãos descobriram que eram herdeiros do trono de Alba Longa. Conseguiram reaver o trono e decidiram construir uma cidade no topo de uma das sete colinas á margem do Rio Tibre, onde a loba os encontrou. Mas os dois irmãos começaram a brigar pelo reinado da nova cidade, Remo morreu ferido por Rômulo, em homenagem ao rei Rômulo a cidade passou a se chamar Roma, a cidade foi fundada em 735 a.C e o primeiro rei foi Rômulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário