domingo, 23 de outubro de 2011

A ÉPOCA DO OURO NO BRASIL

A ÉPOCA DO OURO NO BRASIL


  • A descoberta do ouro pelos bandeirantes levou muitas pessoas a partir para Minas Gerais e tentar enriquecer;

  • É impossível afirmar com exatidão o local e a data das primeiras descobertas do ouro em Minas Gerais. Certamente a novidade da descoberta das lavras ocorreu rapidamente na colônia e em Portugal;

  • Muitas pessoas foram para MG na esperança de enriquecer com a exploração do ouro. Formaram-se várias vilas, próximas umas das outras, nas áreas onde havia ouro;

  • Houve o deslocamento do centro econômico colonial: a atividade mais rendosa agora estava no centro-sul e no interior do território;

  • A atividade mineradora, diferente da açucareira, não requeria grandes investimentos, o que fez muitos se lançarem nessa empreitada. O a aumento populacional na região foi enorme;

  • A exploração de ouro no subsolo foi pequena durante o período colonial. Na região predominou o chamado ouro de aluvião, resultante de um longo processo natural de desgaste das rochas. Levado pela água e pelos ventos, o ouro se espalho por vasta área. Era mais facilmente encontrado nos leitos e margens dos rios;

A GUERRA DOS EMBOABAS

·         Nos primeiros anos do século XVIII, a população de MG estava dividida entre os forasteiros vindos de diversos pontos da colônia e de Portugal e os paulistas e seus descendentes;

·         Os paulistas julgavam-se donos de lavras de ouro descobertas. Eles chamavam preconceituosamente os portugueses e pessoas vindas de outras regiões da colônia de emboabas, e não eram bem recebidos pelos moradores dessas áreas;

·         Em 1707 a 1709, a disputa pelo controle da área mineradora levou a um conflito armado entre paulistas e emboabas. A guerra terminou com vitória dos emboabas e consequentemente a saída dos paulistas, que foram procurar metais preciosos em outras áreas, como Goiás e Mato Grosso. Outros ainda se dirigiram para o sul da colônia e se dedicaram à criação de gado;

·         A guerra dos emboabas é um acontecimento pouco estudado devido à escassez de registros escritos, pois os moradores das minas viviam em acampamentos provisórios;

·         As autoridades viam com apreensão o conflito entre paulistas e emboabas, e temiam perder o controle da região. Então para firmar a autoridade real e manter a segurança da área mineradora foram fundadas vilas administradas por funcionários da coroa: Vila Rica (futura Ouro Preto) - Ribeirão do Carmo (futura Mariana);

·         A coroa portuguesa criou pesados tributos sobre o ouro extraído das minas;

·         A descoberta do ouro brasileiro trouxe alívio para as finanças de Portugal. Porém como era fácil praticar o contrabando, a coroa impôs normas rígidas para exploração aurífera e taxou com pesados impostos;

·         Pelas leis da época, os metais preciosos eram propriedades da coroa. A descoberta de cada lavra tinha que ser comunicada ao governo e precisava de autorização especial para ser explorada. Depois de registrada a mina era dividida em lotes conhecidos como datas. O descobridor podia escolher as duas primeiras datas, enquanto a seguinte ficava para o rei. As demais eram repartidas entre todos os pretendentes, recebendo as maiores datas aqueles que possuíssem mais escravos;

·         Como o ouro era de aluvião e superficial, sua intensa exploração levou ao rápido esgotamento das reservas. Por volta de 1770, na decadência da atividade mineradora, as faiscações (pequenas lavras de ouro) tornaram-se comuns;

·         Os faiscadores viviam em busca de novas áreas auríferas, como as margens e os barrancos dos rios. Eese garimpo, permitiu que diversos escravos juntassem dinheiro para comprara sua alforria;

·         O principal imposto sobre a extração de ouro era o quinto, ou seja, 20% do metal encontrado pelos mineradores pertenciam à coroa portuguesa;

·         Entre 1735 e 1750, instituiu-se também o sistema de capitação, que previa a cobrança de 17 gramas de ouro por escravo. Em 1750, o governador português manteve apenas a cobrança do quinto, e fixou a cota de 15000 quilos anuais para toda área mineradora;

·         Para pressionar os mineiros a cumprir a exigência a coroa instituiu a derrama, ou seja, a cobrança de impostos atrasados. Ela estabelecia que a população completasse a cota de ouro com seus próprios recursos caso a cota não fosse atingida;

·         A partir do final do século XVIII, com o rápido esgotamento das minas as cotas ficavam cada vez mais distantes de serem atingidas. E a derramas passou a ser uma preocupação e um grande descontentamento dos mineradores;

·         A maior dificuldade para a coroa portuguesa era a existência de contrabando, pois os mineradores empregavam todos os meios possíveis para levar o ouro para fora de Minas Gerais;

·         O governo luso passou a reprimir o trafico implantando as casas de fundição, onde as autoridades recolhiam o quinto que cabia a coroa, transformavam em ouro e cunhavam o selo real. O precioso metal que circulava em pó ou em pepitas, só podia circular agora em barras;

·         O aumento da fiscalização na cobrança dos impostos e a noticia da criação das casas de fundição indignaram os mineradores. Além dos pesados impostos o custo de vida era muito alto, pois praticamente tudo que era consumido na região das minas vinha de outras áreas da colônia;

·         Por isso em junho de 1970, aproximadamente 2000 mil mineiros, comandados pelo tropeiro Filipe dos Santos, tomaram Vila Rica e exigiram que o governador da capitania não concretizasse a criação da casa de fundição. Este pego de surpresa concordou com os rebeldes;

·         Mas em pouco tempo o governador voltou atrás e passou a fazer repressão ao movimento, tendo apoio das tropas portuguesas. Os líderes foram presos e o corpo de Filipe dos Santos foi esquartejado e exposto em praça pública;

·         O governo passou a cobrar os mesmos tributos também para a extração dos diamantes, encontrados no ao norte das vilas de ouro mineiras;

·         Por volta de 1731 o governo demarcou a área dos diamantes, isolando-a do restante da colônia, e no local formou-se o Distrito Diamantino; O direito de explorar foi dado a funcionários reais, chamados de contratadores. Por meio de um contrato eles exploravam á área e pagavam tributos á coroa;

·         Um dos mais conhecidos contratadores foi João Fernandes de Oliveira, que se apaixonou por uma escrava Chica da Silva;

·         A partir do século XIX a administração portuguesa liberou gradativamente a garimpagem de pedras preciosas;

·         A atividade mineradora nas regiões das Minas Gerais o possibilitou o desenvolvimento do comércio no interior da colônia;

·         A descoberta do ouro nas regiões das Minas atraiu pessoas de várias partes do Brasil e da Europa.

·         Em torno das lavras surgiram casas, ruas e os primeiros espaços públicos. As novas cidades cresciam espontaneamente de acordo com a ocupação;

·         Entre as principais cidades, apenas a vila do ribeirão do Carmo (Mariana), teria um traçado quadrangular, elaborado por um engenheiro militar. Em Vila Rica as ruas estão livres de qualquer organização;
·         Diante da velocidade da ocupação das vilas, a coroa portuguesa não conseguia impor os padrões europeus de cidade planejada, com ruas retas e planas;

·         O atropelo da ocupação das vilas mineiras, ao lado de outros fatores, explica a instabilidade social que caracterizou a região, a pobreza em que vivia a maioria da população e a dificuldade de estabelecer atividades econômicas estáveis e duradouras;

·            Em Minas, o pequeno grupo de homens ricos eram formados por:

ü  Proprietários de grandes lavras
ü  Contratadores
ü  Altos funcionários do governo de Minas
ü  Grandes comerciantes

·         As camadas intermediárias, por sua vez, eram formadas de faiscadores, pequenos roceiros, alfaiates, sapateiros, profissionais liberais e artistas em geral;

·         Os escravos negros compunham a maior parte da sociedade mineira. Em 1742, por exemplo, de uma população de pouco mais de 174 mil pessoas, cerca de 95 mil eram escravos;


·         A necessidade de abastecer as regiões das Minas com roupas, calçados, alimentos, utensílios domésticos e outros produtos, fez surgir grandes rotas comerciais, que ligavam as cidades mineiras a outras regiões da colônia, de onde vinham as mercadorias;

·         O gado era trazido das pastagens do nordeste e do sul, tropas de mulas carregadas de açúcar, roupas e utensílios domésticos partiam dos portos do RJ e Salvador e chegavam às vilas de Minas, Mato Grosso e Goiás. Por esses mesmos caminhos o ouro seguia para Portugal;

·         O surgimento desses caminhos teve dois resultados importantes: a integração entre as capitanias e o desenvolvimento da circulação monetária;

·        Com a exploração do ouro e o crescimento das cidades, teve inicio a formação de um mercado interno, um grande grupo de pessoas que faziam contato para vender e comprar mercadorias;

·         A simplicidade e o desconforto das residências contrastavam com o luxo e a beleza das igrejas;

·         As moradias das cidades eram muito simples, pequenas e pobres, construídas com barro, madeira ou pedras;

·         Com exceção das famílias ricas, que normalmente habitavam sobrados, a população em geral vivia em casas térreas, com poucas portas e janelas;
·         Além da construção principal, havia quintais, pomares e hortas, neles os moradores criavam porcos e aves, cultivavam vegetais e plantavam flores;

·         O mobiliário das casas era bastante simples. Nas salas, os móveis, feitos de madeira ou couro, se resumiam a uma ou duas cadeiras, bancos, um armário de canto e uma mesa. Nos quartos uma cama rústica e um baú;

·         A aglomeração nas cidades permitia aproximar mais as pessoas, intensificando a convivência e as relações sociais;

·         No cotidiano ou em momentos de festas e reuniões com os amigos, os utensílios de mesas eram precários, e as pessoas comiam com as mãos, era raro o uso de facas, colheres, garfos, pratos e copos durante as refeições;

·         O grande número de igrejas construídas nas cidades mineiras explica-se pela importância que tinham as irmandades religiosas;

·         Eles disputavam entre si a construção da igreja mais bela e refletiam a divisão que existia na sociedade, pois havia irmandades dos ricos e irmandades dos pobres. Ordem Terceira do Rosário dos Pretos e Ordem Terceira do Carmo;     

    

terça-feira, 11 de outubro de 2011

IDADE MÉDIA

IDADE MÉDIA

  • No final do século V, o Império Romano do Ocidente fora derrubado pela sucessão de golpes dos chamados povos bárbaros.

  • A palavra bárbaro, de origem grega, tem o sentido de gago, e foi usada para designar os estrangeiros, que não falavam latim;


  • Os povos bárbaros (basicamente germanos e eslavos) trouxeram uma contribuição decisiva à formação do ocidente;

  • Povos germanos: godos, lombardos, visigodos, francos e anglo-saxões;

  • Os germanos desconheciam o Estado e as cidades como organismos político-administrativos. A vida social concentrava-se na tribo ou clã. A economia baseava-se na agricultura e na pecuária. Havia terras particulares, mas o cultivo era coletivo. A metalurgia ocupava papel importante na sociedade germânica, assim como a guerra;

  • O primeiro contato com os romanos ocorreu de forma pacífica. A expansão germânica foi contida no ano 9, os germanos passaram a ocupar postos importantes na sociedade romana. A partir do século IV aumentaram os deslocamentos de povos para o império romano, mas isso só fez aumentar um caráter feroz das imigrações;

  • As incursões dos hunos e dos demais povos bárbaros nos territórios romanos provocaram pânico e mudanças no cotidiano da sociedade:

  • O período conhecido como Idade Média diz respeito a uma fase da história européia de quase mil anos, da segunda metade do século V até a primeira metade do século XV;

  • Para os iluministas a Idade Média era considerada a Idade das trevas, um tempo sombrio na qual a humanidade estava subjugada pela ignorância e contaminada pela peste, viveu oprimida sob o terror das fogueiras da inquisição;

  • O ano que marca o início da idade média é 476, com a deposição do último imperador romano do ocidente Rômulo Augusto;

  • Alta Idade Média (século V ao X) e Baixa Idade Média (século XI ao XV);

  • Para contrapor a idéia do ostracismo desse período temos o avanço tecnológico dessa época, aumento da utilização da pedra e do ferro nas construções e o progresso no domínio marítimo (construções de navios e cartografia);

  • Do encontro entre os povos germânicos e as populações romanas nasceu a sociedade medieval e a cultura da cristandade. Nesse processo ao longo do tempo ficou difícil distinguir as contribuições romanas daquelas trazidas pelos germânicos;

FEUDALISMO
·         A onda de invasões intensificou a insegurança e acelerou o processo de descentralização iniciado com o declínio de Roma;

·         Os nobres passaram a julgarem-se donos das terras dos reis que administravam. Os camponeses consideravam que deviam obediência maior ao nobre local;

·         O sistema que estruturou a Europa a partir do século IX, ficou conhecido como feudalismo;

·         “Um sistema de organização econômica, social e política baseada nos vínculos homem a homem, no qual uma classe de guerreiros especializados – os senhores-, subordinados uns aos outros por uma hierarquia de vínculos de dependência, domina uma massa campesina que explora a terra e lhes fornece com que viver.” Jaques Lê Goff;

·         Feudo significa um bem cedido a alguém em troca de fidelidade e várias obrigações;

·         Cerimônias com juramento de fidelidade;

·         Aquele que cede o bem se torna suserano e quem o recebe passa a ser vassalo;

·         A agricultura era a principal atividade produtiva. Uma pequena elite formada por grandes senhores de terra e pelo alto clero ocupava o topo da sociedade. O poder político estava fragmentado entre os senhores feudais e o rei;

·         Organização do feudo: No centro do feudo ficava o castelo, residência fortificada do senhor feudal, construído para servir de defesa contra eventuais ataques externos. O feudo dividia-se em três partes principais: domínio senhorial (terras do senhor feudal), manso servil (faixa de terra dividida em lotes para o cultivo dos camponeses) e manso comum (terras de uso coletivo, bosques, áreas para criação de animais);

·         Colonato: trabalhadores livres fixaram-se em grandes propriedades na condição de colonos, não podiam deixar a propriedade, mas ganhavam proteção. A insegurança gerada pelas invasões reforçou essa prática;

·         Comitatus: Ligava os chefes militares aos seus guerreiros por meio de obrigações mútuas de serviço e lealdade. Isso gerou a relação suserania X vassalagem;

·         O feudo era auto-suficiente;

·         A sociedade feudal era dividida em três ordens: os que oram(clero) os que guerreiam(os nobres) e os que trabalham(os camponeses);

·         A sociedade era rigidamente hierarquizada e estamental;

·         Os religiosos desempenhavam papel importante na sociedade, o clero sempre procurou transformar os terrores do mundo em receio sobre a vida eterna. O peso da violência, o medo do sexo e da morte, eis alguns ingredientes do período capazes de criar nos indivíduos uma culpa surda;

·         A nobreza era composta pela aristocracia, indivíduos detentores de terras e políticos. Alta nobreza (príncipes, arquiduques, duques, marqueses e condes) e a pequena nobreza (viscondes, barões e cavaleiros);

·         Os camponeses, base da sociedade feudal, trabalhavam para produzir alimento para a família e para os senhores;

·         Os servos estavam sujeitos a uma série de tributos: corveia (o camponês tinha que dedicar 4 dias da semana de trabalho nas terras do senhor feudal), talha (um terço de toda produção dos camponeses deveria ser entregue ao senhor feudal, pelo uso da terra), e a banalidade (taxa de uso de ferramentas e construções de propriedade do feudo);

·         Os vilões eram servos que não estavam presos a terra, mas também estavam sujeitos as obrigações;

·         Entre os entreterimentos mais apreciados por todos os segmentos sociais, destacavam-se as comilanças seguidas de bebedeiras. O banquete, geralmente noturno, tinha um cardápio variado e indigesto, com aproximadamente 6000 a 9000 calorias por refeição.

BAIXA IDADE MÉDIA


·         A partir do século XI, a sociedade viveu o auge do modelo feudal, mas também assistiria o início de sua desintegração;

·         Na baixa idade média a ligação entre Igreja e a cultura passou a ser afirmada além dos monteiros, com um novo tipo de instituição de ensino: a universidade;

·         No período da baixa idade média surgiram avanços tecnológicos como a charrua (arado), o moinho hidráulico, e novas formas de atrelar os animais, aumentado o poder de tração. A consequência dessas inovações foi o aumento da produtividade agrícola e consequentemente o aumento da população e dos excedentes;

·         Os artesãos e os comerciantes passaram a habitar os chamados burgos, lugares fortificados construídos em regiões estratégicas próximas aos feudos. Seus habitantes foram denominados burgueses;

·         A partir de meados do século XIII, com o aparecimento de banqueiros, cambistas e usuários das mais variadas origem ocorreu à expansão de crédito, o que veio a favorecer as atividades comerciais;

·         O comércio se realizava roa em feiras periódicas ou fixas, as quais atraiam caravanas de mercadores de toda a Europa;

·         Nos burgos desenvolveram-se corporações de ofício. Responsáveis pela organização e distribuição de produtos manufaturados, essas associações reuniam profissionais do mesmo ramo, desde mestres a até aprendizes;

·         Cruzada: consistiram em expedições guerreiras estimuladas pelo Papa com vistas à conquista da Terra Santa (lugares da Palestina nos quais Jesus viveu e que há séculos estavam sob domínio muçulmano). Foram convocadas pelo Papa Urbano II;

·         Os participantes da Primeira Cruzada (1096) conseguiram paralisar a pressão muçulmana no território bizantino e conquistaram Jerusalém, trechos da Síria e da Palestina;

·         Mas em 1187, sob a liderança do sultão Saladino, os muçulmanos reconquistaram Jerusalém. As expedições seguintes fracassaram, no total foram realizadas oito cruzadas, além de expedições menores;

·         Através das cruzadas os mercadores enriqueceram, pois aproveitaram as viagens para criar novas oportunidades de comércio. Uma das consequências foi o contato com os europeus e as civilizações muçulmanas e bizantinas;

·         No decorrer dos séculos XIV e XV, após um longo período de relativa prosperidade, a economia da Europa passou por uma violenta crise. Entre as causas podemos citar os efeitos da peste bubônica (1348), responsável pela morte de ¼ da população europeia;

·         Essa epidemia também provocou a desorganização da produção gerando fome;

·         A concentração urbana e a falta de higiene favoreceram a propagação da epidemia. Grande quantidade de lixos nas ruas, e esgoto. Alguns tentavam buscar explicação nos apelos da Igreja, que dizia ser um castigo divino aos pecados, ou ainda outras explicações preconceituosas (leprosos, judeus);

·         Associada a crise econômica, a mudança de mentalidade contribuiu para profundas mudanças políticas, econômicas, sociais e culturais, que resultaram no colapso do sistema em vigor;

·         As secas, a diminuição da produção agrícola e a fome agravaram ainda mais a situação. Os sobreviventes exigiam melhores condições de trabalho, então os senhores feudais criaram medidas visando dificultar a saída dos servos de dentro dos feudos;

·         Os trabalhadores urbanos rebelaram-se contra a ordem feudal em levantes. Na França os camponeses sublevaram-se em um levante conhecido como Jacqueries. Foram reprimidos com ferocidade;

·         A Guerra dos Cem Anos (1337 a 1453) foi travada entre a França e a Inglaterra, alternando tempos de combate e tempos de guerra. Joana D’Arc


REVOLUÇÃO FRANCESA

REVOLUÇÃO FRANCESA

·         No final do século XVIII a situação econômica e social da França era grave. A maioria da população era camponesa e trabalhava nas terras dos senhores feudais. Na cidade também havia muita miséria, os sans-culottes (artesãos e pequenos comerciantes) sofriam com o alto preço dos impostos. A burguesia também estava descontente, pois todos os privilégios eram da nobreza;

·         Já os nobres e o alto clero estavam bem satisfeitos, viviam à custa dos tributos feudais pagos pelos camponeses;

·         A revolta dos camponeses e dos sans-culottes juntou-se as ideias iluministas, que por décadas vinham se fermentando;

·         Nos dois anos que antecederam a revolução, a França sofreu uma série de catástrofes (enchentes, secas), causando fome. Então alguns ministros sugeriram aos nobres que passassem a pagar impostos. A nobreza se rebelou;

·         Para resolver o problema financeiro o rei Luiz XVI convocou a Assembleia dos Estados Gerais. A sociedade francesa estava dividida em três poderes:
ü  Primeiro Estado: alto clero
ü  Segundo Estado: nobres
ü  Terceiro Estado: banqueiros, grandes comerciantes, camponeses e sans-culottes

·         Em maio de 1789 foi aberta a Assembleia dos Estados Gerais. Ela reunia 900 deputados, escolhidos pelos três Estados. Mas diante da intransigência da nobreza, que chegou a propor que o Terceiro Estado pagasse mais impostos, estes se reuniram em outra Assembleia – Assembleia Nacional Constituinte, com o objetivo de criar uma constituição para a França;

·         A criação de uma constituição era o fim do regime absolutista;

·         O rei ordenou que os soldados dissolvessem a Assembleia Nacional, o povo invadiu as ruas, saqueando arsenais e confiscando mais de 30 mil fuzis e espadas;

·         A massa revoltada seguiu até a Bastilha (antiga prisão onde os inimigos do rei eram encarcerados), representava o lado podre do Antigo Regime. Muitas pessoas morreram, mas em 14 de julho de 1789 a queda da Bastilha marcou o início da Revolução Francesa;

·         Camponeses invadiram castelos e tomaram terras da nobreza. Em 1789 aconteceu a Noite do Grande Medo, onde deputados assustados decretaram o fim dos privilégios feudais. Em seguida também aprovaram a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão;

·         Com a constituição pronta em 1791 o absolutismo tinha acabado. O rei era o mesmo Luiz XVI, mas agora tinha que obedecer ao legislativo, a França havia se tornado uma Monarquia Constitucional;

·         A Revolução foi feita pelo Terceiro Estado (burgueses, sans-culottes e camponeses), mas os beneficiados foram os burgueses, com o livre comércio, já as camadas populares se sentiam prejudicados, continuavam sem terras. Então exigiram mudanças, liderados por Robespierre;

·         Os reis absolutistas estavam com medo, Áustria e Prússia juntaram-se e invadiram a França, com o objetivo de prender os revolucionários e restaurar o absolutismo. Os soldados franceses venceram (1792). O rei da França foi acusado de sabotagem e foi preso;

·         A França tornou-se uma República governada por uma Assembleia chamada de convenção (eleita por todos os homens maiores de 21 anos). Havia nela três partidos:
ü  Gironda: representava a alta burguesia, eram a favor da revolução sem grandes mudanças.
ü  Planície: alta burguesia
ü  Jacobinos: esquerda, representavam o Terceiro Estado (Robespierre, Danton)

·         O rei Luiz XVI foi executado (1793);

·         Os jacobinos implantaram a Lei do Máximo: proibia o aumento do preço do pão;

·         Comitê de Salvação Pública: Robespierre chefia repressão aos inimigos da revolução, qualquer suspeito era executado – Período do Terror;

·         Os franceses inventaram a guerra total, todos participavam, e assim conseguiram expulsar os exércitos invasores;

·         Com atitudes que espalhavam terror, Robespierre e os jacobinos acabaram se isolando a sociedade e perdendo apoio dos sans-culottes. Aproveitaram-se da situação a oposição preparou o golpe. Robespierre e vários jacobinos foram presos e executados – Reação Termidoriana, assim a burguesia se consolida no poder;

·         Uma nova constituição foi aprovada, o governo agora era exercido pelo Diretório (assembleia, voto censitário) todas as leis de assistências foram abolidas. Mas o diretório não inspirava confiança;

·         Muitos acreditavam que a solução seria um governo ditador, precisa-se de um herói: Napoleão Bonaparte. Como general sempre esteve à frente de grandes vitórias. E com o golpe do 18 Brumário, Napoleão fechou o Diretório e tomou o poder;

·         Napoleão aprovou uma constituição que lhe deu o título de Cônsul, e ditador por dez anos. Ele aplacou os conflitos na França, criou um banco, incentivou a Indústria, criou o Código Civil (1804). Aos poucos ganhou apoio popular, devido ao crescimento econômico, o povo o elegeu imperador;

·         As nações absolutistas não viam Napoleão com bons olhos, e haveria confrontos, mas mais uma vez a França sairia vitoriosa. Em 1806 Napoleão decretou o Bloqueio Continental, o país que comercializasse com a Inglaterra seria invadido pelas tropas francesas. Mas não deu muito certo, vários países desrespeitaram as ordens de Napoleão. Mas quando invadiu a Rússia amargou uma derrota (1813) e aprisionado;